Descrição enviada pela equipe de projeto. O arquiteto afirma: "Espero que o resultado do meu projeto seja o mais simples possível. Não conciso, mas simples. Essa simplicidade é uma espécie de pureza. Eu não gosto das coisas que são empilhadas. Eu gosto que tenham sentido, então, freqüentemente restrinjo meus projetos. A subtração no espaço não é o propósito. O propósito é transmitir sentimentos mais diretamente. É como esboçar uma maneira mais fácil de expressar ideias. Como um espaço pode ter o poder de um croqui quando estiver finalizado? Eu quero encontrar esse sentimento."
O projeto está localizado às margens do rio, no distrito de Chaoyang em Pequim. Com rios ao norte, árvores a leste e oeste, pradarias e estradas ao sul e mais ao lado, prédios altos. É quase um jardim em meio à cidade, de forma que o projeto procura manter essa sensação de paz e tranquilidade. Segundo o arquiteto, espera-se que o resultado da construção seja como uma página de papel na grama, limpa, leve e silenciosa.
Na questão da funcionalidade, este é um clube privado onde o anfitrião trabalha, relaxa e ocasionalmente entretém amigos. Portanto, do ponto de vista da privacidade, primeiro dividimos o interior em uma linha dinâmica espacial progressiva do coletivo ao íntimo. A área mais coletiva é o corredor de entrada e a sala de chá, a qual funciona como uma sala de estar, com visão ampla e bem iluminada. Esta é também a única "grande ação" feita na construção, cortando o prédio, tornando-o extremamente transparente e coletivo. As outras fachadas foram ordenadas a partir de dois conceitos reativos: uma espécie de "sem ação", e "ação necessária".
A sala de chá alcança a visão não só do jardim da frente, mas também do rio existente no entorno. Olhando para cima, é possível ver o céu. O espaço é bem iluminado, porém precisa de proteção no sol do verão, o qual foi resolvida com um sombreamento elétrico.
O corredor de entrada conecta todos os cômodos em todo a planta e é o espaço mais ocupado. Foi projetado para que seja iluminado durante o dia e que a noite a luz não seja muito forte, de modo que seja possível ver o pátio de dentro. Seria possível que a visão fosse bloqueada pela luz, então optou-se por uma lâmpada de parede mais escura, que ecoa o sentimento visual de "cortar uma lacuna" na fachada externa.
A partir da entrada interna, os espaços coletivos ficam à esquerda, como a sala de jantar. Esperamos que tenha menos luz natural, para que a mesa possa ser iluminada. Ao mesmo tempo, há luzes ambiente na parede, enfatizando o sentido de direção marcado também pela mesa redonda chinesa.
A cozinha foi projetada de forma bem prática, mas também aberta para as vistas externas, de modo que seja possível trabalhar e ver o rio, sentindo-se bem.
O espaço mais íntimo da casa é o estudo e o quarto. Além das funções básicas, há um quintal relativamente independente e exclusivo. No quintal, é possível plantar algumas flores, criar alguns peixes e, ocasionalmente, fazer um churrasco.